Sexo. Sexo e Squirt

Segundo um estudo do “Florida State University”, 82 % das mulheres já experimentaram alguma vez o “squirting”, ejaculação feminina durante um orgasmo, ainda que nem todas o registaram com a mesma intensidade, pois, segundo assegura o médico e sexólogo, Dr. Cabello F., "a maioria das mulheres ejaculam, mas existem variações na quantidade do líquido emitido e/ou a direcção da sua emissão”.

Todos os especialistas parecem estar de acordo com a forma de conseguir um “squirting”.
Segundo os médicos que estudaram o fenómenos sexual feminino, a maneira de experimentá-lo durante o orgasmo, consegue-se estimulando o ponto Gräfenberg, mais conhecido por Ponto G pois, quando a mulher está excitada, as glândulas de Skene enchem-se de líquido e, como com o orgasmo, a pélvis ao contrair-se aperta os diferentes órgãos da zona, entre os quais se encontram estas glândulas, produzindo-se a inundação ou desbordar e posterior saída da aludida substância líquida.
Durante anos, sempre se entendeu e pensou que as mulheres não ejaculavam e que, naquelas ocasiões em que expulsavam uma quantidade de líquido superior ao habitual quando atingiam o clímax sexual, eram produzidas porque sofriam pequenas incontinências urinárias.
Nada mais longe da realidade.
As mulheres ejaculam, sim, ainda que até há pouco tempo, os curandeiros da tribo, que eram poucos, não conheciam o seu nome próprio:
“Squirting”.
Esta crença propalada da inexistência da ejaculação feminina, viu-se tradicionalmente agravada por uma certa “repulsa social” feita no facto de que as mulheres excretam fluidos do seu corpo.
Já por si se via o suor como “pouco feminino”, como é que se poderia aceitar uma ejaculação?
Aliás, a passagem do tempo, a abertura das mentalidades e uma pequena ajuda da extensão do cinema porno a diferentes esferas da sociedade, ajudaram a aceitar o que muitas mulheres já sabiam há muito, por experiência própria: que podem ejacular igualmente como fazem os homens.
Não obstante, os estudos a este respeito são ainda muito limitados e não se encontram facilmente avales científicos e médicos que versem sobre este tema.
Quem explicou este complexo fenómeno foi o Professor Emmanuel Jannini, da Universidade de L’Aquila, (Itália).
O mesmo que, em princípios de 2008, saltou para as páginas dos jornais de todo o mundo, por ser o primeiro que conseguia provas físicas (fotografia) da existência do Ponto G nas mulheres e afirmava no “The Journal of Sexual Medicene”, que “não só existe, como se trata duma variante anatómica que está presente só em algumas mulheres” e desenvolveu a sua própria teoria a este respeito, assegurando que a expulsão de líquido através da uretra ou da vagina (tema ainda em discussão) em pleno orgasmo feminino, é produzido pelas Glândulas de Skene ou Parauretrais, que se encontram na zona da parede anterior da vagina.
Por isso, prossegue este perito, pode-se explicar a ausência deste fenómeno em algumas mulheres, já que as aberturas das Glândula de Skene variam, em tamanho, de uma mulher para outra, culminando como facto de nalgumas mulheres ter desaparecido inteiramente.
Longe de assemelhar-se em aparência ao sémen masculino, a ejaculação feminina consiste num líquido (abundante em muitos casos) transparente e inodoro, ainda que efectivamente contenha resíduos de ureia e creatina, não é urina, mas sim formado principalmente por glicose, frutose, e fosfatada ácida prostática.
Apesar de que o habitual, é que estas secreções passem despercebidas durante a relação sexual, o certo é que, as mulheres que têm estas glândulas mais desenvolvidas podem experimentá-lo de forma mais evidente, podendo chegar a ser incómodo ainda que muito prazenteiro, asseguram os especialistas, se não se possuir suficiente confiança com o companheiro de alcova.
Aliás, este facto, afirmam, "não é definidor da capacidade de alcançar o orgasmo feminino, nem muito menos, da fogosidade nem do domínio das artes amatórias por parte da mulher".

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