Saúde. Absorvente interno: pode ou não usar?


Amplamente alardeadas, as suspeitas recaem sobre duas substâncias, o asbesto e a dioxina. O primeiro é uma fibra natural extraída de um tipo de rocha que tem o amianto como uma das suas variedades. Ele — diz o e-mail — seria adicionado aos absorventes internos para elevar propositadamente o volume de sangue durante a menstruação. E isso interessaria diretamente aos fabricantes por um motivo óbvio: o aumento do consumo.

Já a dioxina, que, segundo a notícia espalhafatosa, é uma substância tóxica produzida durante o sangramento, afetaria o sistema imunológico e reprodutivo. Para as mulheres, os riscos seriam endometriose e até mesmo câncer. Já seus parceiros estariam sujeitos a uma baixa na produção de espermatozóides. Acompanhe o raciocínio do e-mail: se o próprio organismo feminino produz a tal dioxina, o contato do tampão com a mucosa vaginal, sobretudo se for prolongado, contribuiria mais para a chamada síndrome do choque tóxico, um problema potencialmente fatal, sinalizado por febre, diarréia e tontura.

O que há de verdade nessa história?
Os principais fabricantes de absorventes internos esclarecem que o asbesto não entra na composição dos seus produtos. Quanto à dioxina, ela simplesmente não tem nenhuma relação com o fluxo menstrual. O composto provém da degradação de produtos que contêm cloro. De onde, então, teria surgido essa desconfiança?

Os especialistas arriscam uma hipótese: a matéria-prima dos absorventes são as fibras de celulose da polpa da madeira, que, nos anos de 1950, quando eles foram introduzidos no mercado, passavam por um sistema de branqueamento em que era usado o gás de cloro — este, sim, de fato perigoso. Ocorre que essa etapa deixou de fazer parte, há muito tempo, do processo industrial.

Comentários

Postar um comentário