Relacionamento. Mães solteiras: e o pai?

Hoje em dia, mais de 40 anos depois da revolução feminista, cresceram as opções para mulheres solteiras que desejam ter filhos. Aquelas que já têm estabilidade profissional, financeira, e chegaram a uma idade limite – entre 35 e 40 anos –, mas estão sós, sem marido, parceiro ou namorado, optam por assumir uma gravidez acidental, adotam uma criança ou simplesmente entram numa clínica de fertilização e recorrem a doadores anônimos de sêmen.


No entanto, é preciso que elas estejam atentas ao desenvolvimento dos filhos. Para que eles cresçam de maneira saudável, precisam da figura materna e da paterna, desvinculadas do sexo biológico. Ou seja, num casal homossexual, basta que os papéis feminino e masculino sejam bem definidos. No caso da produção independente, alguém terá de fazer o papel paterno. "Nem que seja o avô, o tio ou o terapeuta", diz a psicanalista Regina Maria Rahmi Regina.
Quando falta um dos lados, há desequilíbrio na formação da criança. A figura paterna deve estar presente, mesmo que ele seja anônimo. "Senão ela vai crescer com a imagem de que a mãe é inalcançável, absoluta, o que não é bom. É necessário ainda ter o cuidado de não depreciar o outro sexo", afirma a psicóloga Daniela da Rocha Paes Peres.
Quando são tomados esses cuidados em relação ao desenvolvimento do filho, ser mãe, mesmo que solteira, deixa de ser problema. A experiência de muitas mulheres vem mostrando que, em razão de um desejo genuíno de ser mãe, as dificuldades são superadas e elas se sentem realizadas.

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