Relacionamento. Lições para uma paquera bem sucedida



Preconceito, auto-suficiência, pessimismo, excesso de “objetividade sexual”. Sabe o que tudo isso tem em comum? Funcionam como repelentes na hora em que você vê um homem interessante e deseja conquistá-lo.
Mulher que concorda com tudo o que ele diz ou adota o gênero professora também não faz sucesso. Difícil saber como agir?

O terapeuta holístico Sérgio Savian, 44 anos, dezesseis de experiência, é um desses especialistas na arte de explicar o que fazer e não fazer naquele frágil e rápido momento em que qualquer deslize pode pôr tudo a perder.

Entre os cursos que ele dá em São Paulo - e que formam o projeto chamado Mudança de Hábito - , um dos mais procurados é o “Incremente sua Paquera”. Revelamos a essência das técnicas que ele ensina para você atrair, impressionar e conquistar um homem exatamente como você quer.

Conversas que devem ser evitadas

Bem, vocês estão lado a lado e, passado o constrangimento inicial de não saber muito o que dizer além dos nomes, chega a hora da verdade: o exame oral. Cada um tentará impressionar o outro falando de temas atuais ou de assuntos que domine. Isso é natural. Mas fique atenta ao conteúdo e ao tom da conversa. Muitas mulheres - e homens - perdem a parada aí. Erram na abordagem e insistem em clichês que assustam. A seguir, alguns tipos que podem ser desastrosos na hora da paquera.


A professora: Sua missão é dar conselhos. Sobre qualquer tema tem uma opinião ponderada - e óbvia. Detesta polêmicas e se realiza zelando pelo bem-estar do outro. Mal o rapaz se senta, ela o aconselha a parar de fumar.

Depois conta como ajudou a chefe a terminar um trabalho. De quebra se oferece para escolher o presente da sobrinha dele. A menos que seja do tipo dependente ou filho carente, ele pedirá licença um minutinho e sairá correndo.

A auto-suficiente: Jamais demonstra fragilidade e se vangloria de seu sucesso. Superindependente, é o máximo em tudo: ganha bem, tem uma carreira brilhante, entende de arte. Seu vocabulário é requintado, suas roupas têm classe e ela adora ginástica ou viagens exóticas. O rapaz sente-se esmagado por tanta auto-suficiência. Acredita que na vida dela não falta nada nem sobra espaço para ele.

A bajuladora: Ela começa elogiando a gravata, diz que tem um relógio da mesma marca e engata um “eu também” ao final de cada frase dele. Se esforça tanto em conseguir provação que não percebe o quanto é desagradável esse papel de concordar sempre. Conversar com ela ou com o espelho dá no mesmo.

A negativista: “Puxa, que chuva chata!” Só vale uma frase do gênero “de mal com o mundo”. Reclamar do emprego, da crise na economia e contar em detalhes o inferno que foram as férias em Fernando de Noronha afasta até anjo da guarda.

A insinuante: Ela joga pesado. Abusa do duplo sentido, faz caras e bocas, conta piadinhas eróticas e dá interpretação maliciosa aos comentários mais insignificantes. Pensa que, com esse jogo, atrairá homens liberais. Na verdade, sua imagem funciona como ímã de aproveitadores, don juans e de tipos que buscam uma noite de sexo.

Perfil da mulher que atinge a meta
A conversa bem-sucedida é equilibrada e espontânea. Quanto mais natural parecer - sabendo ouvir o outro, interessando-se por um assunto que não domine e revelando aos poucos seu modo de ser -, maiores serão suas chances. Uma certa malícia calculada sensualiza o papo, uma dose de auto-suficiência também. Até um conselho cai bem.

A mulher que dá certo na paquera em geral reúne certas qualidades:

Gosta de sair: Até para entrar numa sala de bate-papo na Internet é preciso disposição para encontrar gente.

Ficar em casa assistindo à TV gera acomodação. Supondo que o amor baterá à sua porta, você vai espantá-lo com sua cara de tédio.

Sabe o que quer: Você prefere esportistas ou intelectuais? Homens tímidos ou seguros? Pelo olhar e pelos gestos você pode captar sinais da personalidade dele. E decidir se vale a pena continuar ou não a paquera.

Evita entrar em fria: Se você não vê graça naquele tipo que adora malhar, não adianta paquerar freqüentadores assíduos de academias. Certamente eles não combinam com seu estilo.

É flexível: Muitas mulheres têm um modelo do homem com o qual gostariam de se casar e descartam todos os que não se encaixem nele. Quantas vezes você julgou um homem brega só pelo o que ele estava bebendo? É muito comum perdermos a chance de conhecer gente legal, fazer novos amigos ou bons contatos profissionais por causa de preconceitos.

Está atenta aos olhares: No trânsito, no elevador. Basta estar aberta para que as coisas aconteçam. Quantos olhares você perdeu num congestionamento?

Tem auto-estima: Não existe coisa mais baixo-astral do que aquela lengalenga de que só a amiga arruma namorado. “Quem sai de casa com esse desânimo não consegue mesmo atrair ninguém”, diz a psicóloga Marcia Seconello. Você absorve esse conceito mental e o transmite a seu corpo, que passa a irradiar essa energia negativa. “É como bocejar. Contamina o ambiente”, compara. Portanto, trabalhe seu lado positivo, fortaleça a autoconfiança e entenda, de uma vez por todas, que beleza, corpo malhado e roupas da moda não conquistam ninguém. O que atrai - não só namorado, mas também amigos e boas oportunidades na vida - é se sentir realizada e feliz. E repetir dez vezes por dia: “Eu mereço”.

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