Cotidiano. Supervalorização sexista, caia fora desta idéia!

Vivemos em guerra. Talvez a mais duradoura de todas. Refiro-me à “guerra dos sexos”.
Diariamente, homens e mulheres pregam, quase fervorosamente, a superioridade de seus respectivos gêneros. Sempre que vejo algo do tipo, me pergunto o porquê de tal necessidade de autoafirmação. Por que vivemos num mundo movido pela competição entre dois sexos que são — falando em termos de natureza — complementares? Confesso que fico bastante desapontada com essa mentalidade. É até uma questão cultural, mas que, a meu ver, não faz mais sentido atualmente.

Guerra dos Sexos
Essa imagem faz sentido pra você? Então leia com atenção!
Acho inconcebível essa mentalidade masculina de que a mulher só serve para sexo e para tarefas domésticas, na mesma proporção em que não suporto a mentalidade feminina de que homem tem que nos sustentar e nos idolatrar. Não entendo por que as pessoas insistem em ressaltar coisas que já não têm o menor sentido. Numa época em que mulheres trabalham tanto quanto homens e ajudam a pagar as contas, e em que os homens frequentam salões de beleza e ajudam nas tarefas domésticas, sinceramente não acho que um sexo possa se considerar superior ao outro.
Não, homens e mulheres nunca serão iguais. Mas falo aqui sobre equivalência de papéis e de responsabilidades (em sentido amplo!). Todos têm, na mesma medida, que ser atenciosos, carinhosos, compreensivos, independentemente de sexo!
Por isso, tenho absoluto desprezo por homens que subjugam suas companheiras (ou potenciais companheiras), considerando que “tem mais mulher que homem no mundo, então, podemos escolher”, e também por mulheres com “complexo de princesinha” que vivem à espera do “príncipe no cavalo branco”.
Especialmente quando se trata de relacionamento, a supervalorização sexista é um erro grotesco. Homem ou mulher, não importa. Temos de entender que somos, antes de tudo, seres humanos e que, como tais, devemos estar dispostos a nos doar, se quisermos também receber.
Você não será menos homem se for carinhoso e atencioso com sua companheira. E você não será uma mulher submissa se abrir mão de algumas coisas para fazer as vontades de seu companheiro de vez em quando.
É preciso deixar de lado essa mania ridícula de achar que um dos dois tem de “dominar” no relacionamento, e que um tem mais direitos que o outro por ter um par de cromossomos XX ou XY. É fácil querer direitos iguais. Já não é tão fácil assim querer assumir deveres iguais!
Acredito que tudo na vida precisa de equilíbrio para poder dar certo, e a supervalorização do gênero e o orgulho sexista exacerbado só fazem causar justamente o desequilíbrio, e, por conseguinte, o conflito. Então, que tal pararmos com essa bobajada de que homem que é homem tem que ser pegador, e que a mulher tem de “pisar” nos homens (atitude comumente chamada cinicamente de “autovalorização”), e agirmos com sensatez e desprendimento? Porque, convenhamos, machismo e feminismo são o cúmulo do primitivismo.

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