Atualmente, falar de orgasmo, de
ejaculação ou de masturbação não é surpresa senão para as pessoas da velha
geração onde a informação era um assunto reservado. Entretanto, ainda com
a mudança de atitude perante o conhecimento mais profundo de nosso corpo,
permanecem muitos mitos e desinformações que chegam até o presente.
A mídia, agora, enche-se de termos e
explicações cientificas para os fenômenos, mas poucos detêm-se sobre os
conceitos fundamentais que todo médico especialista conhece, porém ao qual
poucos novatos tem acesso.
Um de estos termos, que tem sido muito
exposto mas quase sem apresentações concretas é o clitóris que, mesmo
falando-se muito dele, referem-se como o pênis dos homens porém mais
pequeno.
Esta afirmação não está errada e
inclusive existem estudos que demostram que o clitóris é ainda maior que
seu irmão masculino, entretanto, existe muito mais o que se dizer sobre
esta importante parte da genitalidade feminina que, em muitos casos, é o
origem do orgasmo e que, algumas culturas atrasadas, é extirpado devido à
noção de que torna a mulher "indigna" para o casamento.
Como é o clitóris?
Em sua parte mais externa tem o tamanho
de um dedo pequeno, em média com 2 centímetros de comprimento e de 8 a 3
milímetros de diâmetro, ereto ou não. Segundo explica o psicólogo e
sexólogo Xavier Conesa, diretor do Centro Psicológico e de Especialidades,
"as ramificações nervosas encarregadas do prazer feminino, situam-se
principalmente na parte mais externa do clitóris".
São cerca de 6.000 as fibras nervosas
que concentram-se nele e que torna-o altamente sensível aos diferentes
tipos de estimulação.
A psicóloga especialista em sexualidade
humana, Iracema Teixeira, explica que este órgão situado na parte mais
externa da vagina é um dos principais envolvidos na reação orgásmica.
Mesmo parecendo uma estrutura pequena,
trata-se só de a ponta do iceberg já que inclui um tecido erétil muito
grande, vasos sangüíneos, glândulas e nervos.
A parte visível é uma glândula,
entretanto a totalidade deste órgão (em as cerca de 20 partes nas que tem
sido dividido para seu estudo) chega inclusive até a uretra (conduto da
urina) como um tecido muito similar ao que rodeia a uretra masculina.
Segundo a pesquisadora norte-americana
Rebecca Chalker, que publicou em setembro o livro "The Clitoral Truth",
diferente do pênis masculino, o clitóris, na mulher só tem a função de
outorgar prazer.
Aliás, explica que
todos os bebes até as 8 semanas de gestação parecem ser mulheres. De
acordo com a comunidade científica, a diferenciação produz-se porque a
partir deste período a testosterona começa a desempenhar o seu papel e o
feto sofre as modificações que definem seu sexo.
Erotismo
A especialista Iracema Teixera diz que,
igual à anatomia masculina, a medida que mais nos afastamos do corpo,
maior é a quantidade de prazer que a mulher experimenta. Por isso, o
clitóris, como órgão mais externo da genitalidade feminina é uma grande
fonte de prazer.
A doutora Chalker explica que para
gozar da melhor maneira as possibilidades do corpo da mulher, deve-se
conhecer com maior profundidade seus órgãos sexuais.
Um exercício adequado para este fim
seria praticar jogos sexuais antes da penetração que permitam observar e
experimentar o clitóris; as mudanças de cor e de tamanho são visíveis e o
parceiro aprende a conhecer como estimular ao outro.
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