Saúde. Dores, cansaço, vertigem? Pode ser fibromialgia

Estudos americanos mostram que a fibromialgia atinge cerca de 2% a 5% da população mundial, sendo 80% mulheres, com maior incidência entre 35 e 55 anos de idade. Caracterizada por dores generalizadas pelo corpo, a fibromialgia tem como principal obstáculo para seu tratamento a dificuldade de diagnóstico. Pessoas com a doença costumam ser “peregrinos”, indo de médico em médico, realizando múltiplos exames, sem conseguir esclarecer a causa real dos sintomas.

Exames laboratoriais não identificam a doença, uma vez que seu diagnóstico é exclusivamente clínico. Portanto, o paciente precisa levar ao conhecimento do médico todos os detalhes dos sintomas. De acordo com o Colégio Americano de Reumatologia, a fibromialgia provoca dores difusas pelo corpo – acima e abaixo da cintura, do lado direito e esquerdo do corpo – por mais de três meses. Outros sintomas que podem aparecer são: fadiga inexplicável, dores de cabeça, distúrbio do sono (acordar cansada), bruxismo, formigamento nos braços e pernas, entre outros. A depressão aparece em 25% dos casos no momento do diagnóstico, já a história de depressão é encontrada em 50% dos casos.
A intensidade da dor varia de moderada a aguda, iniciando-se particularmente nos ombros e pescoço e torna-se generalizada depois de um tempo. No indivíduo geneticamente predisposto, pode ser desencadeada por fatores como traumas físicos ou psíquicos, mudanças climáticas, sedentarismo e ansiedade. O estresse emocional também é responsável por agravar ou precipitar o quadro. Fatos da história da vida do paciente, como traumas na infância, podem estar relacionados à fibromialgia. Portanto, uma história detalhada que inclui os sintomas da doença, inventários psicológico e social são a chave para o diagnóstico.
O tratamento divide-se em farmacológico e não-farmacológico. Múltiplos medicamentos podem ser utilizados, como antiinflamatórios, antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares, entre outros. Recentemente, foi lançado no mercado brasileiro um antidepressivo que combate as dores intensas provocadas pela fibromialgia com boa eficácia e poucos efeitos colaterais. O tratamento não-farmacológico inicia-se com o esclarecimento da doença, enfatizando que se trata de um problema real e não imaginário, sensação que surge após vários diagnósticos e tratamentos malsucedidos.
A reabilitação é fundamental, exercícios de alongamento ou hidroterapia, bem como atividades que melhorem a performance cardio-respiratória são recomendadas. É importante frisar que quanto mais
cedo o problema for detectado maiores são as chances de recuperação e de o paciente retomar sua
rotina normal.

Fonte:  http://www.terra.com.br/istoegente/309/saude/index.htm

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