A queda de cabelo na mulher é uma queixa freqüente nos
consultórios dos dermatologistas e pode se tornar um grande pesadelo para muitas
mulheres. Muitas já tentam vários tratamentos por conta própria sem obter
sucesso e só então procuram um médico. Várias são as causas da queda excessiva
de cabelo na mulher que devem ser pesquisadas e, conseqüentemente, diferentes
são as formas de tratamento.
A sociedade está preparada para aceitar os homens calvos, mas
nunca as mulheres calvas. Assim, a queda de cabelos torna-se um problema
desesperador para a mulher.
Várias são as causas da queda de cabelo na mulher, desde uma
diminuição fisiológica do volume dos cabelos na mulher após a menopausa, ao uso
de produtos químicos inadvertidamente, até uma forte predisposição genética,
sendo comum à associação de vários fatores.
Como são várias as causas da queda de cabelo, também são
vários os tratamentos. Em alguns casos deve ser tratado o distúrbio de base,
como por exemplo às alterações da tireóide, em outros, a única opção pode ser o
transplante de cabelo.
Aproximadamente 90% dos cabelos do couro cabeludo
encontram-se em fase de crescimento, sendo que esta fase tem duração de cerca de
dois a seis anos. O restante, 10%, encontra-se em fase de repouso, cuja duração
aproximada é de dois a três meses. O cabelo cai ao atingir o fim desta fase.
Normalmente perdemos de 50 a 100 fios de cabelo por dia,
sendo substituídos por outros que nascem no mesmo folículo dando início a um
novo ciclo. Esse tipo de queda natural do cabelo acontece mais na mudança de
estação, na primavera e, principalmente, no outono, quando a taxa de metabolismo
do corpo está mais alta.
Os cabelos crescem, aproximadamente, 1cm por mês. À medida
que o indivíduo envelhece, o crescimento dos cabelos tende a ser mais lento.
A queda excessiva de cabelo pode ter muitas causas
diferentes. A pessoa que perceber que seus cabelos estão caindo em grande
quantidade deve consultar seu dermatologista, médico especializado no tratamento
de alterações da pele e cabelo. É importante descobrir a causa e se o problema
responderá ao tratamento médico ou não.
Em paralelo ao tratamento dermatológico, as mulheres devem
procurar um endocrinologista e seu ginecologista que eliminará a possibilidade
de doenças que podem estar levando a queda dos cabelos, como por exemplo: um
tumor de ovário ou adrenal, anemia, ovário policístico, alterações no
funcionamento da tireóide e outras.
A perda dos cabelos pode ocorrer de maneira difusa, como no
distúrbio chamado de eflúvio telógeno, em que os cabelos de tornam ralos mas não
deixa "falhas", como ocorre na alopécia areata, também chamada de "pelada’.
Dentre as principais causas de queda excessiva dos cabelos na
mulher estão:
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Pós-parto: quando a mulher está grávida, ela perda menos fios do que perderia normalmente e ao final da gravidez muitos fios entram na fase de repouso do ciclo e caem. Isso ocorre normalmente 2 a 3 meses após o parto, podendo durar de 1 a 6 meses, retornando ao ciclo normal na maioria dos casos.
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Anemia: a deficiência de ferro pode ocorrer por uma diminuição da ingestão ou absorção do ferro ou por uma perda crônica através do sangue, como por exemplo em mulheres com o período menstrual muito longo ou com grande volume. Essa deficiência pode ser detectada através de exames de sangue e corrigida com o uso de medicações para repor o ferro.
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Dieta pobre em proteínas: dietas não balanceadas podem levar uma ingestão inadequada da quantidade de proteínas e o corpo irá economizar as proteínas nos cabelos, fazendo com ele passem para a fase de repouso, o que acarretará em uma perda grande dos fios. Isso pode ser prevenido e tratado através de uma dieta balanceada, com as quantidades adequadas de proteína.
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Uso de produtos inadvertidamente: o uso de tinturas, água oxigenada, permanentes, alisantes, descolorantes e outros produtos podem enfraquecer os cabelos levando a sua queda. Nestes casos é necessário interromper o uso até o crescimento de novos fios.
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Infecção por fungos: ocorrem áreas de descamação no couro cabeludo com vermelhidão e inchaço, deixando os fios quebradiços. Essa infecção é contagiosa e deve ser tratada com o uso de medicamentos.
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Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem ter como efeito colateral à queda temporário dos cabelos.
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Uso de pílulas anticoncepcionais: algumas mulheres podem ter uma perda dos cabelos com o uso das pílulas anticoncepcionais, e caso isso ocorra, devem procurar o seu ginecologista. A interrupção do uso das pílulas também pode desencadear a queda dos cabelos 2 a 3 meses após o término do uso. Esse fato ocorre de maneira semelhante ao que ocorre no pós-parto.
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Distúrbios da tireóide: a diminuição ou o aumento da produção dos hormônios da tireóide, denominados de hipotireoidismo e hipertireoidismo, respectivamente, podem causar a queda dos cabelos. Essas alterações podem ser diagnosticas pela medida dos hormônios no sangue e seu tratamento pode corrigir a perda dos cabelos.
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Febre e infecções: febre alta e infecções como uma gripe forte pode levar a uma queda excessiva dos cabelos por 4 semanas a 3 meses, cessando espontaneamente.
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Estresse: algumas situações, como grandes cirurgias e doenças crônicas, resultam em estresse para o organismo podendo levar à queda dos cabelos. O estresse psíquico também pode aumentar a perda dos cabelos. Caso essas condições sejam passageiras, como no caso das cirurgias, a queda se reverte espontaneamente.
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Alopécia areata: também conhecida como pelada, é a perda dos cabelos em uma pequena área arredondada. A causa é ainda desconhecida. Pode ser tratada com medicamentos tópicos ou sistêmicos.
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Calvície hereditária: essa tendência genética pode ser herdada pelo lado materno ou paterno, e as mulheres apresentarão cabelos ralos, não se tornando completamente calvas. Também chamada de alopécia androgenética, ocorre devido a grandes concentrações de hormônios masculinos ou aumento da sensibilidade à ação desses hormônios. Seu aparecimento pode se iniciar ainda na adolescência e existem alguns medicamentos tópicos que podem amenizar o problema.
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Queda por pressão: a queda dos cabelos pode ser devida a uma tração dos fios, como em sessões de alisamento, ou por pressão provocada pelo uso constante de chapéus apertados.
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Outras causas: podemos citar ainda como causas de queda dos cabelos os tratamentos para câncer (quimioterapia e radioterapia), lúpus, tabagismo, abuso de bebidas alcoólicas e abuso dos secadores de cabelo.
O tratamento da perda excessiva de cabelo deve objetivar,
primeiramente, corrigir a causa. Por exemplo a reposição de ferro na anemia, uso
de medicamentos para combater uma infecção por fungos, alimentação balanceada,
etc.
Em alguns casos, como na alopécia areata, poderá ser indicado
o uso de medicamentos tópicos para estimular o crescimento dos fios.
Nos casos em que tenha ocorrido uma queda irreversível uma
alternativa seria o transplante de cabelos. Algumas mulheres com áreas de fios
reduzidos, como na calvície hereditária, e pessoas que tenham perdido alguns,
mas não todos, os cabelos devido a queimaduras ou outros acidentes no couro
cabeludo podem ser beneficiadas com esse tratamento. O transplante é um
procedimento cirúrgico e deve ser realizado por médicos especializados.
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