Poliamor é um
tipo de relação em que cada pessoa tem a liberdade de manter mais do que
um relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a monogamia como modelo
de felicidade, o que não implica, porém, a promiscuidade. Não se trata
de procurar obsessivamente novas relações pelo facto de ter essa
possibilidade sempre em aberto, mas sim de viver naturalmente tendo
essa liberdade em mente.
O Poliamor
pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de
enganar nem magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas
envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.
Difere de outras formas de
não-monogamia pelo facto de aceitar a afectividade em relação a mais
do que uma pessoa. Tal como o próprio nome indica, poliamor significa
muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar mais do que uma pessoa
ao mesmo tempo. Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atracção, ou
carinho, é apenas uma questão de terminologia. A ideia principal é
admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a
várias pessoas, e que vão para além da mera relação sexual.
O Poliamor aceita
como facto evidente que todas as pessoas têm sentimentos em relação a
outras que as rodeiam. E que isto não põe necessariamente em causa
sentimentos ou relações anteriores. Aliás, o ciúme não tem lugar neste
tipo de relação. Primeiro porque nenhuma relação está posta em causa
pela mera existência de outra, mas sim pela sua própria capacidade de se
manter ou não. Segundo, porque a principal causa do ciúme, a
insegurança, é praticamente eliminada, já que a abertura é total. Não
havendo consequências restritivas para um comportamento, deixa de
haver razão para esconder seja o que for. Cada pessoa tem o domínio
total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer
momento.