Cotidiano. Vale a pena ter conta conjunta?

A conta conjunta pode representar uma perda de liberdade, mas, por outro lado, pode ajudar o casal a ser mais organizado no orçamento familiar.
Segundo o educador financeiro Mauro Calil, ter uma conta conjunta pode ser bom quando há cumplicidade e responsabilidade de ambos. “Isso facilita o controle de ingressos e saídas de dinheiro”, explica. Mas o grande e principal problema é quando um os parceiros tem um perfil mais econômico, enquanto o outro é mais impulsivo e gasta além do que pode, pois isso pode gerar inclusive complicações jurídicas para o parceiro. Outro ponto que desfavorece é quando um tem uma renda muito superior à do outro ou quando apenas um trabalha.

Caso a conta conjunta seja a opção de apenas um dos cônjuges, ele diz que o ideal para tentar convencer o outro é começar a abordagem pela necessidade de se ter numerário disponível para pagar as contas comuns, como IPTU, condomínio, aluguel, luz, etc. “Caso o outro cônjuge seja receptivo, evolua no assunto”, diz.

Mas a orientação do profissional é que os casais mantenham as contas e controles separados, apenas consolidando tudo em uma planilha no fim de cada mês. Conversar sempre sobre os gastos individuais também é importante para evitar que o planejamento fuja do controle. “É preciso entender que quando dois se unem, se tornam um. Ou seja, tudo agora é de responsabilidade de ambos. Mesmo com contas separadas, o bolo é um só”.