ocê está em dúvida sobre os rumos dos relacionamentos amorosos? A psicanallista Regina Navarro aponta algumas direções: 1) para começo de conversa, você pode ser feliz solteira; 2) o amor romântico e idealizado é a chave de todas as frustrações; e 3) provavelmente seremos todas bissexuais!
Muuuitos mil anos atrás, a escrita ainda não tinha sido inventada e o amor já existia! É bem aí nesse ponto que a psicanalista Regina Navarro Lins começa sua análise. Durante cinco anos, ela pesquisou as experiências amorosas do ser humano desde a pré-história até os dias atuais. O resultado são os suculentos O Livro do Amor vol. 1 e 2. "Os relacionamentos atuais são reflexo de cada uma das experiências amorosas vividas por nossos antepassados. É importante voltar no tempo para entender o presente e arriscar como serão os namoros e casamentos do futuro”, explica ela. Suas análises são polêmicas: ou você ama ou odeia. Leia e descubra em qual grupo você se encaixará.
Mulheres também são de marte“Na pré-história, o
clima era de parceria. o homem caçava, a mulher cuidava da prole.
A história mudou – e houve uma enorme ruptura – quando o homem
descobriu, observando os animais, que era necessário para a procriação.
No sentido de ser digamos assim, o ser agente da coisa toda.
Nasceu ali o sistema patriarcal que dividiu a humanidade entre masculino e feminino. A partir daí estabeleceu-se que homens tinham de ser provedores e as mulheres, submissas. Hoje, assistimos a mudanças importantes nesses estereótipos. Os conceitos de feminino e masculino já não fazem tanto sentido quando todos nós apresentamos características de ambos os gêneros.
Sexo, coisa do tinhoso!“O cristianismo foi o maior estraga prazer da história. a culpa cristã fazia com que as pessoas fugissem apavoradas para o deserto, onde acreditavam estar a salvo das tentações. No fim do século 4, só no egito, 22 mil homens e mulheres se afastaram das comunidades civilizadas para viver uma vida monástica no deserto. Várias pessoas se flagelavam para tirar da cabeça e do corpo os desejos sexuais. O sexo era para procriação e ponto final. Embora a maioria já não acredite que o sexo seja algo ruim, na prática ele continua sendo encarado como perigoso. As próprias mulheres participam desse coro, recriminando quem consegue romper a barreira da repressão para exercer livremente sua sexualidade.”
O príncipe (sempre) vira sapo
“Tom Jobim que me desculpe, mas essa coisa de que ‘é impossível ser feliz sozinho’ é uma grandessíssima besteira. O amor romântico, que começou a ser elaborado no fim do século 18, é calcado na idealização do outro. Inventamos uma pessoa que não existe, visualizamos um príncipe que não é real. Na primeira metade do século 20, a mulher conseguiu igualdade com o homem em diversos aspectos legais, mas nunca deixou de viver em conflito entre sua capacidade e o medo de não corresponder às expectativas masculinas.
Aprendemos desde cedo a considerar o amor romântico como a única forma de amor. Nos contos de fadas do século 19, por exemplo, as mulheres sempre estão à espera de um homem para salvá-las. Nem preciso dizer que sou contra a leitura deles para as crianças, né? As mulheres precisam, de uma vez por todas, trabalhar sua autoestima para abandonar a ideia de que só serão felizes se encontrarem um marido. Assim que desenvolverem a capacidade de ficar bem sozinhas, o que considero o maior tesouro do mundo, estarão aptas a escolher um bom parceiro e a terem um relacionamento saudável".
Será que o mundo vai ser bi?“Noto que a
mentalidade patriarcal, ainda bem, está perdendo força. É cada vez mais
difícil encontrar diferenças significativas entre o comportamento de
homens e mulheres, porque todos nós desejamos ser o todo. Estatísticas
mostram que a maioria dos seres humanos já sentiu desejo por ambos os
sexos. Não estou dizendo que é assim que vai ser, não sou futuróloga.
Mas acredito que a dissolução das fronteiras entre masculino e feminino
vai possibilitar uma sociedade de parceria. Mais harmoniosa e leve,
portanto. É bem possível que as pessoas escolham seus parceiros amorosos
e sexuais pelas características de personalidade, e não pelo sexo. Quem
viver verá.”
Muuuitos mil anos atrás, a escrita ainda não tinha sido inventada e o amor já existia! É bem aí nesse ponto que a psicanalista Regina Navarro Lins começa sua análise. Durante cinco anos, ela pesquisou as experiências amorosas do ser humano desde a pré-história até os dias atuais. O resultado são os suculentos O Livro do Amor vol. 1 e 2. "Os relacionamentos atuais são reflexo de cada uma das experiências amorosas vividas por nossos antepassados. É importante voltar no tempo para entender o presente e arriscar como serão os namoros e casamentos do futuro”, explica ela. Suas análises são polêmicas: ou você ama ou odeia. Leia e descubra em qual grupo você se encaixará.
Nasceu ali o sistema patriarcal que dividiu a humanidade entre masculino e feminino. A partir daí estabeleceu-se que homens tinham de ser provedores e as mulheres, submissas. Hoje, assistimos a mudanças importantes nesses estereótipos. Os conceitos de feminino e masculino já não fazem tanto sentido quando todos nós apresentamos características de ambos os gêneros.
Sexo, coisa do tinhoso!“O cristianismo foi o maior estraga prazer da história. a culpa cristã fazia com que as pessoas fugissem apavoradas para o deserto, onde acreditavam estar a salvo das tentações. No fim do século 4, só no egito, 22 mil homens e mulheres se afastaram das comunidades civilizadas para viver uma vida monástica no deserto. Várias pessoas se flagelavam para tirar da cabeça e do corpo os desejos sexuais. O sexo era para procriação e ponto final. Embora a maioria já não acredite que o sexo seja algo ruim, na prática ele continua sendo encarado como perigoso. As próprias mulheres participam desse coro, recriminando quem consegue romper a barreira da repressão para exercer livremente sua sexualidade.”
O príncipe (sempre) vira sapo
“Tom Jobim que me desculpe, mas essa coisa de que ‘é impossível ser feliz sozinho’ é uma grandessíssima besteira. O amor romântico, que começou a ser elaborado no fim do século 18, é calcado na idealização do outro. Inventamos uma pessoa que não existe, visualizamos um príncipe que não é real. Na primeira metade do século 20, a mulher conseguiu igualdade com o homem em diversos aspectos legais, mas nunca deixou de viver em conflito entre sua capacidade e o medo de não corresponder às expectativas masculinas.
Aprendemos desde cedo a considerar o amor romântico como a única forma de amor. Nos contos de fadas do século 19, por exemplo, as mulheres sempre estão à espera de um homem para salvá-las. Nem preciso dizer que sou contra a leitura deles para as crianças, né? As mulheres precisam, de uma vez por todas, trabalhar sua autoestima para abandonar a ideia de que só serão felizes se encontrarem um marido. Assim que desenvolverem a capacidade de ficar bem sozinhas, o que considero o maior tesouro do mundo, estarão aptas a escolher um bom parceiro e a terem um relacionamento saudável".